Curso de Pós-Graduação "Ética, Valores e Saúde na Escola"

Este blog destina-se a compartilhar e discutir os conhecimentos e temas abordados no curso de pós-graduação "Ética, valores e saúde na escola" ministrado na USP Leste em parceria com a UNIVESP.

sábado, 9 de outubro de 2010

EPILEPSIA

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO*
Referente a video aula 26
* Professora Paula T. Fernandes. Unicamp, 2010.

Pode acontecer de um aluno em sala de aula apresentar uma crise epiléptica, como o professor pode ajudar ao seu aluno? Primeiramente deve saber como ajudar o seu aluno pra que não se machuque, depois, tratar do assunto com seus alunos para que não crie discriminação da turma com relação ao aluno com epilepsia. Não cabe ao professor fazer o diagnóstico do seu aluno, mas reconher as caractéristicas é fundamental para se trabalhar com a situação.



Diagnóstico**


O diagnóstico da epilepsia é clínico, ou seja, não se apóia exclusivamente em exames físicos. O neurologista baseia-se na descrição do que acontece com o paciente antes, durante e depois de uma crise. Se o paciente não lembra, as pessoas que acompanharam o episódio são testemunhas úteis. Além dos exames neurológicos de rotina, um eletrencefalograma (EEG) pode reforçar o diagnóstico, ajudar na classificação da epilepsia e investigar a existência de uma lesão cerebral. No EEG, eletrodos fixados no couro cabeludo registram e amplificam a atividade cerebral. Não há passagem de corrente elétrica. Hiperpnéia e fotoestimulação podem mostrar anomalias nas ondas cerebrais e, por isso, costumam integrar o exame. Na primeira, o paciente respira fundo e simula estar cansado; na segunda, é estimulado por algumas freqüências de luz. O neurologista poderá solicitar, ainda, o exame durante o sono, com privação de sono ou com monitoramento 24h. Entretanto, um resultado normal no EEG não descarta a epilepsia. As alterações ocorrem, por vezes, tão no interior do cérebro, que não são captadas; é possível também que nenhuma alteração tenha ocorrido no momento do exame. Outros exames comumente solicitados na investigação da epilepsia são tomografia computadorizada e ressonância magnética, principalmente para verificar se a epilepsia está ligada a um tumor ou a outra lesão cerebral.


Para saber um pouco mais sobre o tratamento de pessoas com epilepsia, acesse no link abaixo o artigo publicado por Luiz Eduardo Betting, Eliane Kobayashi, Maria Augusta Montenegro, Li Li Min, Fernando Cendes, Marilisa M. Guerreiro, Carlos A.M. Guerreiro.



Como ajudar um paciente em crise***


omo ajudar um paciente em crise

-No primeiro momento da crise de um portador da síndrome de epilepsia, todos os seus músculos se contraem, ele cai, não consegue respirar nem engolir a saliva; por isso, não devemos forçá-lo a ingerir líquidos.

-A língua, sendo um músculo, também fica rija e se contrai, mas não há risco de o paciente engoli-la; por isso, não devemos introduzir o dedo ou qualquer objeto em sua boca.

-No segundo momento, o paciente se debate e, faltando o ar, seu abdômen força a respiração, como uma bomba; por isso, a saliva começa a espumar. Não devemos passar álcool ou outra substância em seu corpo.

Na verdade, o que se faz é muito pouco:

1 - apóia-se a cabeça do paciente para que não se machuque

2 - vira-se seu rosto de lado para que não aspire a saliva

3 - espera-se o fim da crise, que dura entre 1 e 2 minutos.

Nas raras vezes em que a crise é mais prolongada – cinco minutos, por exemplo –, o paciente pode estar evoluindo para o estado de mal epiléptico, devendo ser transportado até o pronto-socorro.

*** Texto disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/marco2004/ju245pag05.html


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