Curso de Pós-Graduação "Ética, Valores e Saúde na Escola"

Este blog destina-se a compartilhar e discutir os conhecimentos e temas abordados no curso de pós-graduação "Ética, valores e saúde na escola" ministrado na USP Leste em parceria com a UNIVESP.

sábado, 9 de outubro de 2010

EPILEPSIA

CONCEITOS GERAIS*

Referente a video aula 23
* Professora Paula T. Fernandes

No Brasil, estima-se que de 1 à 2% da população apresente alguma forma de epilepsia, com ínico na infância e na adolescência, fazendo com que estes sofram com preconceitos e discriminação.

Para combater a discriminação e o preconceito, a ASPE - Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia, lançou a Campanha Global de Epilepsia fora das Sombras. O Site da ASPE pode ser acessado no link: http://www.aspebrasil.org/

A epilepsia é uma condição neurológica crônica grave caracterizada por crises epilepticas repetidas, que acontecem na ausência de febre, na ausência de infecções no sistema nervoso ou intoxicação.

As crises epilepticas, conhecidas como ataques ou convulsões, são eventos clínicos de curta duração que acontecem quando o cérebro deixa de funcionar da maneira adequada provocando descargas elétricas excessivas. As crises podem ser: parcial, parcial complexa ou generalizada.



Segundo o
Dr. Jesus Gomez-Placencia, MD, PhD A epilepsia é definida pela Organização Mundial de Saúde como uma "afecção crônica de etiologia diversa, caracterizada por crises repetidas, devidas a uma carga excessiva dos neurônios cerebrais, associada eventualmente com diversas manifestações clínicas e paraclínicas" (1). Em outras palavras, certas mudanças patológicas nas células cerebrais causam uma atividade anormal, que se manifesta de outras maneiras, como contrações repetidas e espamódicas dos músculos de partes distintas do corpo (as convulsões), anomalias sensoriais e psicológicas), etc.

Em todos os países, a epilepsia representa um problema importante de saúde pública, não somente por sua elevada incidência, calculada em 18 de cada 1000 habitantes, mas também pela repercussão da enfermidade, a recorrência de suas crises, as repetidas incapacidades desta mesma causa, além do sofrimento dos próprios pacientes devido às restrições sociais que na grande maioria das vezes são injustificadas (2).

A incidência na população pediátrica é grande, uma vez que deve se recordar que 75% dos pacientes epilépticos iniciam seu padecimento antes dos 18 anos (3). Reside aqui a importância de efetuar um diagnóstico o mais cedo possível e estabelecer um tratamento idôneo com a aplicação dos princípios fundamentais da terapia anti-epiléptica na criança, além de manejar os aspectos psico-sociais relevantes para oferecer uma completa reintegração a seu núcleo familiar, escolar e social.

Em um dos campos da Medicina onde são mais importantes as diferenças de todo tipo entre adulto e criança, é precisamente a Neurologia e em especial a epilepsia. O sistema nervoso central (SNC) da criança desde antes do nascimento se encontra em mudança dinâmica constante. Apesar de sua formação começar nas primeiras semanas após a concepção, sua maturação continua até a idade adulta. A criança como conseqüência destas mudanças ativas, pode desenvolver crises epilétpicas de maneiras que não se apresentam no adulto (2-4).

Por um lado, certas síndromes epilépticas aparecem somente em uma faixa específica de idades, por outro, as manifestações clínicas das crises se modificam com a idade. Por exemplo, existe uma incapacidade do cérebro do recém nascido para desenvolver crises severas, chamadas de tônico-clônicas. As crises febris (convulsões que se apresentam depois de uma febre alta) se apresentam somente entre os seis meses e os cinco anos de idade, etc. Desde cedo, a sensibilidade aos diferentes medicamentos também se modifica, não somente em função da mudança do tipo de crise, mas também pela mudança no metabolismo dos fármacos que são diretamente dependentes da idade (5-7).

Texto disponível em: http://www.cerebromente.org.br/n04/doenca/epilepsy/epilepsy.htm




Estudo revela que crianças com epilepsia dizem que vivem melhor do que os seus pais pensam. Veja por que isso acontece e o que fazer se você estiver nessa situação. Acesse o link abaixo da LBE (Liga Brasileira de Epilepsia):

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