Curso de Pós-Graduação "Ética, Valores e Saúde na Escola"

Este blog destina-se a compartilhar e discutir os conhecimentos e temas abordados no curso de pós-graduação "Ética, valores e saúde na escola" ministrado na USP Leste em parceria com a UNIVESP.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

SEMANA III

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VALORES

MORALIDADE E VALORES



Há muito se acredita que a os valores morais de um sujeito estão relacionados ao bem e ao mal. Que exista o certo e o errado, o bom e o ruim e, que estes aspectos é que determinam a moralidade de uma pessoa. Se ela é boa, logo seus valores serão bons e, se for uma pessoa má, seus valores serão deturpados. No entanto, pesquisas mostram que a formação de valores nada tem a ver com o bem e o mal, mas, se dá na interação e nas experiências que o sujeito estabelece com o meio exterior, estabelecendo relações de afetividade com este.

Valores, no campo da psicologia moral, referem-se a trocas afetivas que o sujeito mantém com o exterior, estas trocas afetivas podem ser positivas ou negativas, a pessoa pode gostar ou não de algo, ou de si próprio. Esses valores podem ser morais ou não, guiados por prícncipios de justiça ou não. Moralidade é muito mais do que príncipios emanados de regras.

A moralidade está integrada no sujeito e vai se construindo de forma diversificada. Existem os valores centrais (mais fortes/importantes) e os valores periferícos (em determinadas situações aparecem como mais forte ou menos forte, dependendo da situação moral que lhe é apresentada).

Para complementar esta discussão, leia o artigo VALORES NA ESCOLA


A formação de valores passa pelas portas da escola, isto é, faz parte de suas atribuições trabalhar / incluir em seu currículo, temas que se relacionam com o processo de formação de valores. A escola tem papel importante neste processo, principalmente, porque bem sabemos, que muitos dos alunos não dispõem de estrutura mínima familiar que os possibilite interações significativas para a formação de ética e valores.

O primeiro passo em direção à formação de valores na escola, esta deve estar profuindamente integrada à comunidade, conhecendo suas necessidades, suas limitações e seus problemas. Integrar a comunidade na escola, já começando na escolha dos temas, permitindo-lhes participar da elaboração do projeto político, de ações na comunidade. Analisar no bairro onde a temática acontece no cotidiano, na vida das pessoas.

Para saber mais, leia:




Links disponíveis dos conteúdos do curso:





DISCIPLINA: SAÚDE E ESCOLA


TDAH

Cada vez mais presentes em sala de aula, o Transtorno de Déficit de Atenção, precisa ser melhor entendido para ser melhor atendido na escola.

O TDAH é um transtorno comportamental e neurológico de causas genéticas e ambientais. Apresentando desatenção, hiperatividade e impulsividade, resultando em prejuízos na vida acadêmica e no relacionamento interpessoal.

As principais características do TDAH são: dificuldades de atenção, é facilmente distraído com estímulos externos, comete erros com descuidos, não segue instruções, não termina as tarefas e perde coisas no dia-a-dia.

A criança com TDAH é muito inquita e impulsiva, não consegue ficar parada, sentada em seu lugar, está sempre em movimento, agitada, andando e conversando com os colegas. É impaciente, interrompe a conversa alheia.

Uma curiosidade, é que o TDAH é mais comun em meninos.



Para saber mais, assista à entrevista com a Doutora Ana Beatriz, no youtube:







RETARDO MENTAL E AUTISMO



De maneira geral, um indivíduo pode ser definido como tendo retardo mental baseado nos seguintes três critérios:

nível de funcionamento intelectual (QI) abaixo de 70 - 75,
presença de limitações significativas em duas ou mais áreas de habilidades adaptativas,
a condição está presente antes dos 18 anos de idade.


Definição de retardo mental: Retardo mental diz respeito a limitações significativas no funcionamento intelectual.


É caracterizado por:

retardo mental que se manifesta antes dos 18 anos de idade,
funcionamento intelectual significativamente abaixo da média, concomitante a
limitações em duas ou mais das seguintes áreas de habilidades adaptativas:


Comunicação e Cuidado pessoal
Vida em casa e Habilidades sociais
Funcionamento na comunidade e Autodeterminação
Saúde e segurança e Habilidades acadêmicas funcionais
Lazer e Trabalho

Alguns estudos têm estimado que o retardo mental afeta 2,5 a 3% da população.

Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?362



Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.

O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.

A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).

A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.

Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
Risos e sorrisos inapropriados,
Não temer os perigos,
Pouco contato visual,
Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
Brinquedos muitas vezes interrompidos,
Aparente insensibilidade à dor,
Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
Preferência por estar só; conduta reservada,
Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
Faz girar os objetos,
Hiper ou hipo atividade física,
Aparenta angústia sem razão aparente,
Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo,
Apego inapropriado a objetos,
Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.
Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44


Como a escola pode se posicionar diante de alunos com retardo mental ou autismo?

A escola pode, ou melhor, deve se preocupar com a limitação de cada aluno, com suas necessidades e saber que seu papel é o de estímular cada um de seus alunos, sem discriminação alguma. Isto não quer dizer que irá tratar a todos os alunos da mesma forma, isto é uma maneira de discriminação, uma vez que tratamos todos iguais, acabamos excluindo muitos alunos por serem diferentes. Lembremos, que a diferença não é desigualdade, porém, se trato todos da mesma maneira, acabo por ignorar as individualidades do meu aluno.

Assim, a escola, deve conhecer seu aluno, entendendo sua limitação. A primeira coisa é o tratamento individualizado, acompanhamento médico e ensino especializado, o que não precisa ser em outra escola, pode ser na escola regular de ensino. Oferecer atividades individuais e coletivas que contribuam com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e interpessoal dessas crianças.

Não devemos nos esquecer do papel inclusivo da escola. O professor é personagem principal neste processo, por meio do seu trabalho é que se pode tornar a inclusão algo real.



Para saber mais, acesse os artigos: AUTISMO INFANTIL
RETARDO MENTAL


Links disponíveis dos conteúdos do curso:

Nenhum comentário:

Postar um comentário